Não era tempo das guerras! Apesar das batalhas cada vez mais constantes...Sabíamos que o inimigo estava acampado por perto, mesmo assim meu povo trabalhava tranquilo nas plantações. Estávamos em paz porque confiávamos no Senhor e Ele nos livraria de qualquer aflição e sofrimento. Era o que acreditávamos.
De repente muitos, que ao gritarem despertavam o terror mais íntimo em nossas almas, atacaram... Corríamos de medo, desesperados. Perdi-me dos amigos e dos pais em meio à fuga. Apenas corria e pensava que nosso Deus era Fiel e Ele nos livraria dessa batalha. Mas também pensava como Ele iria fazer isso? Nosso inimigo adentrava e destruía nossa plantação! Desanimado via todo trabalho terminando ali...
Aquelas plantações eram bênçãos de Deus para nós! Por que conosco? Eu já não estava entendendo nada. Já tinha ouvido falar dos grandes feitos do Senhor no deserto e mar, porém a aflição e o desespero chocavam-se frente a minha fé, e eu não acreditava mais.
Continuei correndo e ao meu lado via tantos como eu, na mesma situação, desacreditados sem força para enfrentar o inimigo e defender o que era nosso por direito, o que Deus tinha nos dado! Olhei para trás e diminui meus passos até parar e não corri mais. Compadeci-me por ver Sama, filho de Azé, imóvel em meio à plantação, em posição de guerra com sua espada em mãos. Observei o campo e vi que era o único que lutaria. Pedi a Deus que o ajudasse, mas quem recebeu a ajuda fui eu.
Por momentos que antecediam o seu encontro com os inimigos, procurei entender o que o motivava...
Ele sabia a quem servia...